Confissões de uma jornalista

segunda-feira, 15 de março de 2010

Um dia vai passar

O que fazer quando seus olhos não brilham mais ao descobrir uma grande novidade. O estímulo se foi e o que resta é agora é sonhar. Conformar-se ou partir em busca de um novo, de um mundo novo repleto de novas expectativas e sonhos. Arriscar novas frustrações.
Grande parte do que sonhas se realiza, mas o pouco que fica para trás é tão triste, tão ruim que parece imenso. Quando acordamos para o mundo e deixamos de lado os problemas, fugimos das lamentações, vemos que nem tudo está perdido. Basta fazer um leve exame de consciência e listar tudo de bom que nos aconteceu nos últimos dias, então vamos a lista de coisas boas e ruins.
Ruins
A segunda pessoa ainda me perturba;
Estou cheia trabalhos e com sono;
Não tenho grana para nada e meus pais estão me pressionando;
Esqueci do dentista e terei que embolsar R$120,00 por causa desse esquecimento;
Continuou não podendo dirigir;
levei uma advertência e não posso mais entrar na internet no trabalho
ainda não recebi o aumento prometido
minhas matérias continuam não saindo
não gosto muito das pessoas
odeio fazer fala comunidade, destaque do dia e informes e estou responsável por isso
Meu namorado insiste em ir em bailes
Estou tensa, com muitas dores nas costas e nas batatas das pernas
ainda preciso de corretores e co-pilotos

Boas
Consegui pagar minha topic;
Parei de tomar refri;
consegui me depilar com cera;
pintei as minhas unhas;
estou conseguindo resistir a segunda pessoa;
a tpm já foi
estou quase conseguindo um tema para a momo
no final de semana assisti dois bons filmes
fiz uma ótima matéria domingo, conto com a ajuda alheia
estou conseguindo não gastar o que não posso
estou mais teimosa pelo que quero
consegui meu computador de volta para o meu quarto

Prazer?

Queria ver o sol mais aqui trancada, não dá. Queria ver a lua, mas já é muito tarde. Não encontro saída para a minha vida as razões e emoções insistem em se misturar.
A vida vou levando na esperança do que vai dar. Nada encontro enquanto procuro, mas num piscar de olhos muitas coisas novas aparecem.
Queria voar para um lugar distante, sem obrigações e exigências. Queria ser livre para fazer o que bem entender, mas vejo que a dita liberdade não existe. Temos obrigações, temos que trabalhar para comer, temos contas. Precisamos de dinheiro e essa necessidade nos obriga a sermos escravos do mundo consumista. Como queria ir para bem longe daqui. Meus apelos e lamentações não são o bastante para fazer o mundo enxergar que estamos escravos do prazer.
Mas não é um simples prazer. Quem dera se fosse correr em busca de frutas, curtir o sol, o mar, ler um livro. Estamos escravos do consumismo, da vergonha, do sexo com várias pessoas. Da mentira, da falsa esperança de que ficaremos ricos trabalhando. Trabalhamos como loucos, fazendo o que muitas vezes não gostamos. Ficamos mais próximos dos nossos colegas do que dos nossos familiares. E essa busca por prazer nunca acaba. Se torna um vício, pois nunca conseguimos encontrar o fim de tudo e principalmente o tal prazer prometido.
A mídia trabalha pela mentira, por dar o que os leitores querem ler. Ir em busca de informações tristes, o jornalista se prostitui fazendo matérias pagas, mentindo para os leitores.
Como um profissional pode continuar em um lugar onde se mente, onde se sabe que não há futuro e que está tudo errado. Porque mentir, porque valorizar anúncios.
Dinheiro! Maldita moeda de troca inventada pelo homem!

quarta-feira, 10 de março de 2010

A incerteza do momento é o que me faz continuar


Com o passar dos anos acabo percebendo que não tivemos grande evolução humana desde a fase da escravidão. Me atenho a isso, pois passei por uma situação que me fez rever meus conceitos de verdades, necessidades em relação ao trabalho.
Vejo que não temos que ver, sentir, agir e muito menos ouvir nada. Enquanto não manifestar minha real necessidade, expuser minhas idéias e tentar ajudar quem não quer ser ajudado, permanecerei por mais de três meses em um local de trabalho.
Não é brincadeira. O assunto é muito sério! Não quero levar ao extremo, visto que eu não sou lá muito paciente e aceito facilmente as coisas. Assumo que sou persistente e teimosa, quando sei que tenho a razão.
O que será essa tão razão que diferente da emoção nos faz agir de forma sensata, mesmo sabendo que vale muito mais a emoção.
Porcarias de razão que nos faz gélidos e sem graça.
Sempre que possível evito a tal razão, mas hoje tive que usá-la de forma burra.
Grotescamente me ative a acatar uma ordem imunda de não acessar mais a internet, não falar com maus colegas de trabalho e não escrever textos grandes. Isso é mais do que idiota. É um fim do racional. Prova concreta de que a evolução humana apresenta falhas irreparáveis.
Quando digo “prova concreta” me refiro a medida de repressão que recebi da torre de comando.
O que fazer se não aceitar?
Essa medida foi o que bastava para desanimar ainda mais minha semana. Até quando?
O que fazer quando não se tem nada para fazer, mas é necessário fazer algo? Inventar.

Até quando?

Não fale, não crie, não seja.
Censura?
Não se cria sem falar, não se cria sem pensar. Como fazer o que todos querem, se é que querem.
Nada do que eu faço satisfaz é sempre o mesmo papo e quando canso e não faço nada, até por isso sou questionada.
Já dizia o tal Gabriel Pensador: “Até quando você vai levando?”
Nesses devaneios que me invadem em meio a toda necessidade,o que fazer quando tudo é errado o que se faz não ta certo?
Não sei por onde andar, mas sei que é errado acatar.
A necessidade nos faz isso, seres humanos imprestáveis, sem livre arbítrio apenas trabalhando pela sobrevivência.
Até quando você vai ficar parado olhando ele te reclamar sem ter razão, até quando vou aceitar essas ordens que sei que são inúteis.
Não quero mais acatar, mas preciso engolir tudo.
Mesmo sabendo que isso não adianta, que não ta certo, vou ter que abaixar a bola e trabalhar.
Quem tem grana é dominante quem é pobre engole. Quem disse que a escravidão já passou, se eu estou proibida de falar!

quinta-feira, 4 de março de 2010

Amor incondicional, amor fundamental


Analisando o meu cotidiano percebo que o amor verdadeiro e incondicional é o que direciono a minha família. Mesmo tendo namorado não consigo destinar meu carinho e minha admiração por ele. Fazem parte do meu viver, acompanham meus dramas e minhas vitórias, meus amigos, colegas de trabalho e de profissão e principalmente meus pais e meu irmão.
Sei que não sou uma namorada dedicada até porque insisto em não compartilhar tudo o que tenho com ele e nem exijo que ele divida todos os seus momentos comigo. Chego à conclusão que me divirto mais sozinha, com os meus botões, ou melhor, com meus livros, assistindo a filmes e com a minha imaginação que me leva as alturas. Sei que tenho ao meu lado pessoas muito especiais, mas que infelizmente meu namorado não se faz necessário e é triste dizer isso, ele não importa para mim.
Quando acordo, quando converso com outras pessoas, mesmo que fazendo referência a ele, não sinto falta. Seja por instinto ou por egoísmo, ando só e não espero por ninguém. Triste acordar para essa realidade agora. Ontem completamos 10 meses de namoro e nada mudou, muito pelo contrário, continuamos distantes, nem nos falamos.
Hoje quando liguei para falar que não tive tempo para vê-lo ontem e quando tentei ligar o celular dele estava desligado, tive a certeza que quero manter distância dele. Mas lembro dos momentos quentes em que me aconchego nos braços dele, dos beijos inconfundíveis, do cheiro e sinto que devo gostar, mas gostar não é tudo. Se gosto tanto por que traio? Porque sinto mais falta do coleguinha de trabalho que pouco me olha e que não me satisfaz e não do meu namorado.

terça-feira, 2 de março de 2010

Um dia de sol


Não tem explicação. Como pode um dia ser tão ruim e o outro tão bom. Dizem que para um problema nada melhor que um dia após o outro. Essa explicação mesmo que não científica tem muito fundamento. Dadas as circunstâncias que ontem me encontrava e que hoje estou, muito mudou.
Depois da tensão, procurei relaxar, encontrar maneiras de esquecer minhas angústias e valorizar as pessoas que estão ao meu lado. Para minha surpresa cheguei no jornal e me deparei com um empresário da capital que veio divulgar seu empreendimento aqui na região. Em poucas palavras disse o que queria, mas com um ar de simpatia me conquistou com suas palavras de incentivo e dedicação pelo trabalho. Parecia um enviado a me dar conselhos. Quando eu poderia imaginar que um desconhecido fosse aparecer me contando experiências da sua vida e palavras de incentivo que combinassem exatamente com a minha necessidade.
Os conselhos de um estranho surtiram tamanho efeito que agora busco não esquecer as simples palavras que proferiu. “Precisamos encarnar naquilo que queremos, insistir e querer de verdade” estas palavras me fizeram crer que realmente podemos chegar onde queremos, se realmente quisermos. E disse mais, “isso serva tanto para a vida profissional, quando para a vida pessoal, com os pais, com o namorado, temos que querer e ir em busca do que queremos”.
O empreendedor relatou seus que quando o plano real foi implantado no país, a empresa dele faliu. Ele estava em ruínas e se desfez de tudo para pagar suas dívidas. Sem casa, sem carro, morando em um bairro pobre de Porto Alegre o admirável empreendedor começou a trabalhar como empregado e assim que juntou uma renda, investiu em um caminhão. Dali o acaso e a colheita de seu humilde trabalho se encarregaram de lhe colocar no lugar certo, com as ferramentas certas. Algo simples, um favor que ele ofereceu e por causa dessa ajuda, ganhou conhecimento e respeito em toda a região.
Hoje ele leva a vida com humildade, mas pena alto. Pretende continuar expandindo seus negócios com consciência ecológica. Está morando em um local mais calmo, longe da capital. Investe na qualidade de vida da sua família e é isso que busca proporcionar a todos que estiverem dispostos a ouvir suas palavras.
Depois dessa aula de moral decidi mudar, dar mais ânimo a minha vida e aos meus interesses. A começar pelo profissional. Vou escrever com fibra e com vontade, preciso evoluir. E no lado sentimental vou acabar de vez com minhas dúvidas e diversões. Vou ficar somente ao lado de quem realmente me faz bem e proporcionar esse bem a quem está ao meu redor sem trair e nem ferir.
Se é verdadeiro ou não, não tenho confirmar, mas tenho a certeza de que esse homem é iluminado, um enviado divino que me aconselhou de forma clara e real que é possível conseguirmos tudo o que quisermos com empenho, dedicação e trabalho humilde.

segunda-feira, 1 de março de 2010

Quando não sei o que quero uma vontade de fugir me invade. Não sei para onde ir, nem tenho com sair, mas essa vontade é tamanha que flutuo feito uma bolha. Me afasto do mundo para conseguir me distanciar do local onde estou. Não sinto fome nem frio. Apenas a concentração em algo que ainda não sei faz de mim indiferente a tudo e a todos.
Eu dentro de uma bolha imaginário fico observando as pessoas e com elas agem, mas não as encontro nesse momento de fraqueza. Sei que muitos vivem suas vidas dentro dessa barreira, que no meu caso é uma bolha de sabão gigante. É um abrigo que encontro e um aconchego no desconhecido. Como meu cobertor xadrez e como minha cartola. Por mais infantil que possa parecer é um refúgio para o corpo, para a alma e ainda uma maneira de fazer com que tudo de ruim se afaste.
Fico parada em um cantinho esperando que essa vontade incessante de fugir se afaste de mim. O pior é quando ela demora a passar. Parece que ele nunca vai passar. Respiro fundo. Tento me distrair. Mas ela só aumenta e as horas parecem não passar.
Como aguentarei uma tarde inteira assim. Um dia inteiro sentindo-me mal por algo que nem sei.
Rezar é o que me resta. Buscar forças divinas para passar a tarde inteira. Sei que parece besteira e muitos diriam que isso não tem nada a ver e que não é nada mais que a minha imaginação. Que eu fico inventando caraminholas para ter motivos para trocar novamente de emprego. Mas não é. Para mim isso é forte e inevitável. Tudo o que mais queria era uma cama para dormir.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Grande descoberta

Depois de quatro anos encontrado com amigas da escola e de um histórico fracassado com amizades femininas acordei para o mundo e descobri que algumas amizades são feitas para determinadas ocasiões. Certas vezes começamos a nos relacionar com pessoas totalmente diferentes, mas que por ironia do destino surgem em nossas vidas em um piscar de olhos e não tendo mais ninguém para conversar, compartilhamos momentos, dividimos sonhos e contamos nossos planos.
Quando a distância chega simplesmente nos afastamos destas e partimos em busca de novas pessoas para compartilharmos outros momentos. É por medo da solidão que buscamos tais companhias? Muitas não desejadas, mas que por um instante se fizeram úteis.
Seguimos o nosso caminho repleto de pessoas passageiras que, agregamos e buscamos manter para eventual necessidade. Não servem como amigas. São apenas contatos em meio a uma infinidade de pessoas desconhecidas.
Sei que é bom cultivar esse tipo de contato, para profissionalmente mantermos um papo menos informal. Hoje me canso dessa troca de informações. Ao descobrir que dentro da casca física não há nenhum sentimento além na necessidade de obter novas informações. Nada se completa com isso. Sei que alguns contatos podem durar muito tempo, mas não se comparam a uma amizade verdadeira. Aquela que mesmo longe sempre se torna presente e evita formalidades ou estranhamento. Quando não precisamos medir esforços nem sentimentos. Apenas deixamos fluir.

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Carnaval em cidade pequena

Desesperada por não ter o que fazer em uma noite quente e ouvindo o som constante das escolas se preparando para desfilar na avenida e, depois da insistência dos meus familiares, decidi que iria assistir ao tal carnaval.
Trancada desde quinta-feira, o início da rua onde moro é utilizada como concentração da bateria nos últimos carnavais de rua que o município promove. A principal via de acesso que corta o município, a Avenida Brasil, é o local escolhido para a apresentação carnavalesca.
Ao chegarmos lá fomos informados de que três escolas disputariam as três colocações. E um riso eufórico me contagiou, todas estariam classificadas.
As apresentações começaram com o desfile de uma escola convidada, depois dessa, assistiu a próxima escola. Não agüentei ficar mais tempo, pois a dor de cabeça era muita e o calor também.
Depois de ouvir os ensaios da escola que fica próxima a minha casa, pensei que veria uma coreografia decente, pois outros quesitos não podem ser levados em conta, já que a renda destinada a esse fim é muito inferior. Para o meu espanto todo o que apresentaram foi descoordenado, em uma hora poderiam definir os passos e apresentar aquela simplória música.
Vergonha foi o que senti por estar prestigiando um tão simplório desfile. Sei que a data faz parte da cultura brasileira e que as apresentações são feitas por todo o Brasil, mas apresentar algo sem o mínimo de recursos, dedicação e esforço chega a ser feio.
Se for para fazer feio, é melhor não fazer nada.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Insignificância

Ontem elaborei uma grande matéria, para mim 4.780 caracteres é muito. Essa foi a minha segunda grande matéria em três meses de jornal. Passei à tarde atrás de informações com as sucursais, com as secretarias de Educação e escolas estaduais de 11 municípios. Fiquei até surpresa por ficar tanto tempo em cima de um assunto. Quanto às fotos, o colega novo tirou, ficaram muito boas, por sinal. E a correção da matéria ficou a cargo de um jornalista experiente que muito tem me motivado, do qual tenho grande admiração. Também corrigiu a matéria aquele pelo qual perco tempo, criativo que só, publicitário no sangue e um grande pensador. Depois de pequenas alterações e satisfeitos com o que eu escrevi me transmitiram segurança, nada mais do que a certeza de que a matéria estava pronta para ser veiculada. Se não bastasse, o repórterzinho experiente pediu para corrigir o que eu tinha escrito e catou uma alteração besta. Mas todas as críticas são bem vindas.
Capa
Consegui o auge por um dia. Conquistei a capa do jornal! Toda a atenção voltada para minha matéria. Ganhei meu dia! Não esperava tanto de mim!
Depois de uma ligação, confirmei o sucesso que tinha sido essa que me tomou à tarde anterior. De tanto que tinha lido não agüentei ler novamente. Mas a diagramação ficou ótima. O editor-chefe me parabenizou, disse que tinha ficado ótima! O dono do jornal não disse nada, apenas apareceu por lá, aonde pouco vai e soltou um belo sorriso e um olhar satisfatório.
Literalmente ganhei meu dia! A vontade que me invadiu foi a de espalhar aos quatro ventos o quão feliz eu estava. Estava.
O amigo filósofo falou que essa em meio a tantas outras era bastante comum e um dos meus grandes problemas é que o leitor não quer ler um livro, mas sim um jornal. Preciso ser mais específica, as pessoas não têm tempo para ler.
Tive que avisar meu namorado que a capa tinha sido minha. Ele nem leu o jornal, pois não teve tempo.
Levei a dita edição para meus pais prestigiarem, pois sempre me cobram isso. Surpresa seria se tivessem lido até a metade e dito: “filha, estamos orgulhosos de você". Mas nada disso aconteceu. Quando voltei do banho, meu pai estava lendo outra matéria e aposto que ele não conseguiu ler nem o primeiro parágrafo da minha "super reportagem". E ainda me questionou: "A foto da capa foi tu quem tirou?" e eu respondi: - Não, foi o outro repórter. Ele então disse: - Ficou muito boa! E as de dentro foram tuas? E eu respondi: - Não, só fiz a parte escrita.
Então ele voltou a ler outra matéria. Quando perguntei para minha mãe se ele tinha gostado ela carinhosamente disse que sim. Mas quando rebati perguntando até onde ela tinha lido, ela sem jeito respondeu: - Ainda não li, mas olhando assim, ficou bonita!
Tive vontade de me esconder em um saco de lixo. Nesse momento tudo o que eu mais queria era nunca ter trazido a porcaria de jornal.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

1002 - Quando pensei que faria

Nada como acordar de um sonho e perceber que tudo o que planejamos era nada. Dizem que não ter nenhum plano também é um plano, mas acredito que sempre temos que ter um plano,de preferência até mais do que um.
Hoje dei um pontapé inicial em algo que pode ser um plano. Preciso orngaizar minha vida e meus interesses. Atualmente está tudo unido e misturado, não conigo dividir meus problemas pessoais com os do trabalho e isso me atrapalha. Ainda mais quando o pessoal faz parte do trabalho. No "caso dois" dei um ponto final. Por mais dura e fria que tenha sido, acho que essa foi a melhor decisão que eu tomei. Se um já é complicado, que dirá de dois.
Quanto ao trabalho precio produzir mais. O melequinha tá na minha frente, já chegou com moral e gosta de fazer polícia, algo que foi me dado e que aprendi a gostar. Assuntos comerciais insistem em me perseguir e não sei como me livrar, acho que jamais se livrarei. Precio ser menos preguiçosa, mais dedicada e organizada. Não posso de forma alguma perder tempo em papinhos que não levam a nada. Preciso melhorar minha escrita. Preciso de tanto.Sou tão pouco.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Explodindo por dentro

Durante dois meses de trabalho a tranquilidade da chefia, que tanto me admirava, mudou de forma brusca. Agora cães de guarda foram incumbidos de vigiar meus passos, tanto com quem converso, quanto o que acesso e para onde vou. Nada contra ter controle sobre o trabalho de seu funcionário, mas não admito invasão de privacidade. Como podem querer o controle sobre o que eu falo ou com quem falo. Tudo bem vigiarem meus acessos, mas a ponto de me impedir de entrar no site da Folha e do Estadão é um abuso. Como conseguiremos a evolução se ignorarmos os moldes dos evoluídos?
Foram boatos ou o simples não gostar de mim o faz pegar no me pé dessa forma. Agora que sei o que me aguarda me indiguino por antecipação. Sei que não deveria me preocupar tanto com o que dizem e com o fato de levar uma regada de vez em quando. Afinal até o momento foram poucos os puxões de orelha.
E o lance do colega só tende a complicar tudo.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Que vem, que vai

A sensação de desejo me consome quando o vejo. Todos os dias digo que não farei o que sempre acabo fazendo. Desejos insanos. Tenho vontade de ficar próxima dele e sinto que ele também. Mas atitudes dele permitem que nosso relacionamento não ultrapasse os olhares e beijos, nada mais do que isso. Alguns momentos de proteção e preocupação, mas nada muito intenso. Sei que poderia ser mais, sei que estaria ao seu alcance. Mas por algum motivo ele resiste.
Quero resistir, mas tá difícil. Sei que consigo, se insistir em não vê-lo. Seu sorriso me encanta, sua beleza me atrai. Como queria ficar só com ele durante um dia inteiro. Sumir por esse mundo na carona dele. Mas isso não é possível, por ele e pelo outro.
Loucura.Ele não me sai da cabeça.
Como parar , não sei, é um vício. Preciso ser forte. Estou mais resistente. Ele percebeu minha frieza e já mandou e-mail se preocupando com a situação.Nada mais será.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Encarando um desafio forçado

Quando a vontade de lutar some, tudo começa a dar errado. Uma ocorrência com o dia e o sentido do carro erradas. Nada tenho para consertar o desastre. A preocupação me invade, o medo de não continuar me consome. Me sinto ameaçada com pessoas melhores fazendo o que fazia e por vezes tento encontrar alguma qualidade no que faço. Tudo está tão negativo na minha vida profissional. Minhas pernas me chamam a correr, minhas revelam palavras que eu desconhecia. Meu coração padece, meu olha busca a morte. Nada para satisfazer ou alegrar meu dia. Apenas sorrisos forçados para disfarçar a dor de ser totalmente substituível. Uma gota em meio ao oceano. Nada de grande, nada de espetacular. Um ser instiga a felicidade, mas se abate por um desafio forçado.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Palavras ao vento

Depois de um dia dedicado ao novo trabalho, uma satisfação de ser dona da matéria de capa me invadiu. Depois de muito esforço veio o tão esperado retorno. Mesmo tendo em mente que o escritonão era tão relevante para capa, fiquei feliz. Mas apesar disso, nada, nada de elegios.
Passei o dia querendo ir embora, buscando algum tesão nas coisas rotineiras e nada, nem inspiração para escrever novas matérias.
Apenas a vontade incessante me invadindo, louca para ir embora.
O grande intertimento foi perdendo o valor, os beijos, o gosto. Repondi o poema por pura educação, nada mais.
Nada mais me atrai, só uma leve troca de olhares.
Minha tarde se angustia, e meus desejos so aumentam.

A frieza dos meus instintos

Durante a semana me deparei com mais um dos muito acidente que estão acontecendo. Trânsito e motoristas imprudentes são a causa de muito sangue nas vias. O impressionante é que não sinto nada ao ver aquela possa de sangue. A frieza é tão intensa que até a morte eu desejei, o pior é que o pedido foi atendido. Nada de muito drama, somos bichos pensantes, apenas isso nos diferencia dos demais. E se não é triste assistir a morte de um porco, que será servido no jantar, não é tão ruim assistir a trágica morte de um fulaninho imprudente. Fatalidades acontecem todos os dias e de tão comuns que são não me abalam.

As horas não passam

Quando tudo parece sem graça, quando na é capaz de me chamar à atenção, as horas não passam. Olho no relógio e tudo igual. Nada de novo me invade nada curioso acontece e, acredito que mesmo se acontecesse não me ganharia.
A procura incessante por algo que eu mesma não se, é o que me mata. Lágrimas no canto dos olhos surgem sem motivo algum e a vontade de fugir só aumenta. Mas fugir para onde? Para um lugar onde ninguém me encontre. Um lugar fresco e que acompanhado de um gramado e árvores se engrandeça e me tire dessa angústia incessante.
Viajar em uma bolha, flutuar no espaço, poderia ser outra saída. Mesmo que maluca me deixaria sozinha para pensar e observar as pessoas. Por que as palavras contradizem os atos de alguns? A máscara sempre cai. Pode levar algum tempo para os mais cuidadosos, mas ela sempre cai, decepcionando quem acreditava nas ilusões ditas.

Nada como um dia após o outro

Paciência é um dom do qual preciso urgentemente receber. Não há o que faça, a preguiça é tanta que até esse espaço que deveria ser pessoal, de descontração, fica feio. Pois não tenho vontade de corrigir. Mais vamos falar de coisas boas. Apesar do abatimento que me surgiu ao me despedir a BM e passar meus contatos para o repórter novo, fico feliz, pois sei que fiz bons contatos e que poderia mantê-los futuramente. Para Cadernos, nada de contatos tão amigáveis, mas terei boas atividades (assim eu espero).
O novo repórter eu já conhecia. Uma mistura de punk e emo que não deu certo. Mas tem idéias boas e acho que escreve bem. Fico com uma pontinha de ciúmes ao saber que ele escreverá melhor do que eu. Espero que passe. Sei que com certeza escreverei melhor que a professora.
Por que a inveja nos persegue. Não tô invejando ele, mas também não quero largar o osso.

Um novo desafio

Depois de anos na assessoria de imprensa, um novo desafio me foi lançado. Agora trabalho em um jornal tento contar um pouco dos meus sufocos e usar desse meio como alternativa para compartilhar minhas dúvidas e incertezas da vida profissional e de todo o resto. Eu como ser humano, ainda não adquiri o poder de dividir o meu lado profissional e o pessoal. Não á gavetas para colocarmos sentimentos, pois não somos um roupeiro e sim humanos.

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